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Tarifaço de Trump de 50% contra o Brasil gera reação do governo e repercussão internacional

O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados ao país gerou forte reação do governo Lula e ampla repercussão na imprensa internacional. A medida, que entra em vigor no dia 1º de agosto, foi justificada por Trump como resposta às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, incluindo os que residem em solo norte-americano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como falsa a alegação de déficit comercial dos EUA com o Brasil e afirmou que o país responderá com base na Lei de Reciprocidade Econômica. A legislação permite a adoção de contramedidas como a suspensão de concessões comerciais e de direitos de propriedade intelectual. Segundo Lula, o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e reafirmou a independência das instituições nacionais.

Especialistas apontam que o tarifaço pode afetar diretamente setores estratégicos como indústria, agronegócio e exportação de commodities. Empresas como Embraer e Petrobras devem sofrer impactos significativos, além de produtos como carne, suco de laranja, café e aço, que poderão ter queda nos preços internos diante da interrupção nas exportações para o mercado norte-americano.

Jornais como The New York Times, The Guardian, Le Monde e Clarín repercutiram o episódio, destacando o risco de uma guerra comercial e o uso político da medida por Trump. Analistas veem a ação como parte de uma estratégia de pressão sobre o Brasil e outras nações do Brics, em meio a um cenário de tensões geopolíticas e tentativas do governo norte-americano de interferência indireta na política brasileira.

Fonte
Foto: Chip Somodevilla

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