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Sondagem revela que 65% dos salões de beleza ainda sofrem efeitos das enchentes no RS

A Fecomércio-RS divulgou a Sondagem do Segmento de Salões de Beleza. A pesquisa entrevistou, entre 08 de julho e 13 de agosto, por contato telefônico, 385 proprietários ou gerentes de estabelecimento do ramo de Cabelereiros e outras atividades de tratamento de beleza do Rio Grande do Sul, selecionados aleatoriamente. 

A sondagem evidenciou um perfil para o segmento. A maior parte dos empreendimentos (61,6%) tem pelo menos cinco anos de atividade, sendo 26,8% de 5 a 10 anos e 34,7% mais de 10 anos. De acordo com a amostra, 50,7% dos empreendimentos tem até 3 pessoas trabalhando e os serviços mais frequentemente ofertados são Cabelereiro (60,5%) e Manicure e pedicure (52,7%). Os profissionais de serviços de beleza geralmente são autônomos ou MEIs (66,2%). 

No âmbito financeiro, é possível analisar as formas de financiamento e também as percepções desses gestores a respeito dos resultados do negócio. Nesse sentido, 42,1% afirmaram um lucro satisfatório e 39,2% pouco lucro, enquanto que 14,0% empata em custos e 4,7% tem prejuízo. No âmbito da gestão, considerando que a atração de clientes é desafio interno mais citado pelo segmento (30,4%), alguns aspectos se destacam. Ainda que a grande maioria (72,5%) faça o uso frequente das redes sociais para divulgar o trabalho, o principal canal de captação de clientes se dá por indicação (59,7%). Menos de um quinto (17,9%) tem um planejamento estratégico documentado, e mais da metade (55,6%) não tem ação para o dia de menor movimento no salão. Ainda, entre outras questões, é possível conferir sobre incentivo à capacitação dos profissionais – 43,9% fazem de forma centralizada e com auxílio de custo.

A sondagem também mostra quanto o segmento segue impactado pelas enchentes de 2024. Os dados evidenciam que 65,5% dos respondentes sofreram com impactos das cheias pela queda de movimento, e que 7,8% tiveram perdas patrimoniais. Entre os afetados, apenas 24,5% se recuperaram totalmente dos impactos das cheias e a redução do faturamento (75,9%) e a perda de clientes (68,6%) são os principais impactos remanescentes da tragédia.

Sobre o desempenho das vendas, de acordo com as percepções dos gestores, os resultados nos últimos 6 meses foram bons (37,9%) e regulares (35,6%). Para pouco mais da metade dos indivíduos (51,4%), as vendas nesse período atingiram as expectativas, para 44,4% ficaram aquém do esperado. Por fim, em termos de expectativas, os dados mostram uma perspectiva otimista para vendas a curto prazo: 44,2% dos entrevistados esperam que as vendas melhorem muito e 33,0% esperam que melhore um pouco.

Sobre a equipe do salão, 39,0% projetam aumento; 58,2% preveem estabilidade e apenas 2,3% pretendem diminuir. Vale notar que o otimismo com o próprio negócio vem à parte da expectativa com a economia, com 48,6% esperando piora e 23,6% estabilidade no cenário brasileiro. No caso gaúcho, a avaliação é menos negativa: 30,2% esperam piora, 30,9% estabilidade e 38,9% melhora.

“Também na Sondagem dos Salões de Beleza fica evidente que os negócios seguem sem se recuperar totalmente do impacto do ano passado – o que exige um esforço dobrado para navegar em um cenário de acomodação da economia. Em um segmento que prevalece negócios muito pequenos, o impacto frequentemente acaba atingindo a pessoa física. Nesse caso, fica ainda mais evidente que planejamento e gestão precisam entrar na rotina dos salões”, comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS. Confira a Sondagem completa no link: https://api.senacrs.com.br/bff/site-fecomercio/v1/file/3145c414eb514f0991b5b4a18853041dc9ae26.pdf.

Fonte
via Fecomércio/RS

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