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Fentitabaco retoma atividades e fortalece representação nacional

Nova denominação substitui a antiga “Fentifumo”, reforçando o caráter institucional e a legitimidade de uma cadeia produtiva do tabaco que é organizada e legal

A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Tabaco e Afins (Fentitabaco) retoma suas atividades em nível nacional com a missão renovada de representar os sindicatos dos trabalhadores do segmento. A entidade, que reúne profissionais de diferentes estados, consolida-se como a principal representação de mais de 44 mil empregos diretos na indústria, em locais onde estão instaladas as unidades processadoras do tabaco. Sob nova direção, a Federação ocupa espaço junto ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa), o maior sindicato do setor no país. Entre os objetivos, está a organização da categoria em âmbito nacional, assegurando mais força política e capacidade de negociação, criando condições de ampliar direitos e preservar benefícios conquistados ao longo dos anos.

A Fentitabaco representa o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo da Região Sul de SC (Sitifursc), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo do Alto Vale do Itajaí, Planalto Norte e Oeste Catarinense (Sintifavi), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo de Uberlândia (Sintraf), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo de Rio Negro, no Paraná (Sitifumo), e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa). A soma de forças garante representatividade nacional a uma categoria estratégica para o desenvolvimento regional e social.

O setor industrial do tabaco concentra 95% da produção no Sul do Brasil e envolve mais de 600 municípios em sua cadeia produtiva. De acordo com o presidente Rangel Marcon, empossado em 1º de setembro deste ano, um dos destaques do segmento está no impacto econômico e social promovido pelo tabaco, que com exportações de US$ 2,7 bilhões em 2023 mantém o Brasil como líder mundial desde 1993, garantindo empregos, renda e impostos para centenas de comunidades. “Estamos diante de uma cadeia produtiva organizada e legal, que precisa de defesa firme e de valorização dos seus trabalhadores”, ressalta Marcon. O presidente observa ainda que o setor gera oportunidades em diferentes níveis e que a presença da Federação é decisiva para manter esse ciclo de crescimento e proteção social.

A Fentitabaco também se diferencia pela defesa de conquistas históricas, como reajustes salariais acima da inflação, benefícios de alimentação, transporte e saúde, além de programas de segurança e qualificação no trabalho. Segundo Marcon, a retomada da Federação é um marco para a categoria. “Nosso compromisso é ser um espaço de união e compartilhamento, fortalecendo a ação sindical e ampliando a representatividade dos trabalhadores em todo o país”, afirma. Ele acrescenta que a organização da categoria em âmbito nacional assegura mais força política e cria condições de ampliar conquistas, assegurando estabilidade e melhores perspectivas para os trabalhadores.

A entidade integra ainda o Grupo de Trabalho em Defesa do Tabaco, formado por municípios e organizações do setor. Essa participação reforça o diálogo institucional e amplia a capacidade de atuação frente a desafios como políticas internacionais restritivas, elevação de carga tributária e riscos de perda de empregos. Para Marcon, é fundamental projetar uma agenda positiva que preserve a competitividade da indústria e a dignidade do trabalhador. “Estamos empenhados em manter o equilíbrio entre a geração de empregos, o desenvolvimento econômico e a valorização dos direitos dos trabalhadores, para que o setor siga cumprindo seu papel no presente e no futuro”, destaca.

Transição marca novo tempo

A retomada da Federação vem acompanhada de uma mudança simbólica. Antes chamada de Fentifumo, a entidade passa a se denominar Fentitabaco, alinhando-se a uma tendência do setor e reforçando o caráter institucional de sua representação. A alteração afasta a conotação pejorativa associada à palavra “fumo” e reafirma a legitimidade de uma cadeia produtiva organizada, legal e responsável, que tem papel estratégico na economia e na vida de milhares de trabalhadores.

Para o presidente Rangel Marcon, o novo nome representa também um novo tempo. “A mudança traduz a necessidade de modernização e fortalece a identidade da Federação, que segue comprometida com os trabalhadores e atenta às transformações da sociedade e do mercado”, afirma. Ele salienta que a nova identidade é um passo fundamental para aproximar ainda mais a Federação da categoria, consolidando seu papel de liderança e defesa em nível nacional.

O encontro que formaliza a retomada das atividades ocorre no espaço da entidade junto ao Stifa, em Santa Cruz do Sul. Para o presidente do Sindicato, Éder Rodrigues, é justo que o Stifa, maior sindicato representado e uma das maiores entidades laborais do Rio Grande do Sul, caminhe ao lado da Fentitabaco. “Estamos muito felizes em poder compartilhar este momento e atuar de forma participativa junto à Federação, agregando ainda mais força e representatividade dos nossos trabalhadores deste setor”, reforça Rodrigues.

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