A oposição protocolou nesta quinta-feira (7) no Senado um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento foi impulsionado pela recente decisão de Moraes que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido conta com 41 assinaturas, número mínimo exigido para dar entrada no processo. A última assinatura foi a do senador Laércio Oliveira (PP-SE).
Com o pedido protocolado, os senadores oposicionistas anunciaram o fim da obstrução que vinham promovendo nos trabalhos do Senado. Segundo o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), a partir de agora a estratégia será pressionar o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), a dar andamento ao processo. Cabe exclusivamente a ele decidir se aceita ou arquiva o pedido.
Durante coletiva, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou o momento como “histórico” e afirmou que Moraes “precisa voltar a ter limites”. Ele também comentou o estado emocional do pai e voltou a defender a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, tema que estaria em negociação com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Para que o impeachment de Moraes avance, são necessários os votos de dois terços do Senado — ou seja, 54 dos 81 senadores. Até o momento, não há sinalização de apoio suficiente entre os parlamentares para que o processo prospere.
