Amvarp segue acompanhando regularização dos acessos da RSC-287
Mobilidade de produtores rurais preocupa municípios lindeiros à rodovia duplicada

A Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) mantém atenção permanente às condições de mobilidade nos trechos da RSC-287 que atravessam áreas produtivas. Prefeitos da região, liderados pelo presidente da entidade, Nestor Ellwanger, o Rim, cobram soluções para garantir acessos regulares e seguros às comunidades do interior. O tema foi debatido novamente, na tarde desta quinta-feira, 17, em uma agenda sede do Ministério Público, na capital gaúcha.
Com o projeto de duplicação da rodovia – concedida ao Grupo Sacyr – diversos pontos críticos surgiram, afetando diretamente o deslocamento de máquinas, o transporte da safra e a rotina de milhares de famílias rurais. “A duplicação é um avanço importante, mas não podemos permitir que isso se transforme em obstáculo para quem vive e produz no campo. Os acessos precisam ser legalizados, sinalizados e funcionais, sob pena de comprometer a economia da nossa região”, afirma Rim. O evento de mediação contou também com representantes da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) e da Secretaria Extraordinária da Reconstrução do Estado.
Além do presidente, participaram do encontro os prefeitos de Vera Cruz, Gilson Becker, e de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa – ambos de maneira on-line. O prefeito de Santa Cruz do Sul, Sérgio Moraes, acompanhou a visita presencialmente, “Rodovia duplicada também precisa ser acessível. O campo não pode ficar isolado. Vamos continuar cobrando, acompanhando e propondo soluções, sempre com o olhar de quem conhece o território e representa as comunidades”, pontua o presidente da Amvarp.
Uma nova agenda será realizada em 4 de agosto, para dar continuidade ao processo de acompanhamento da regularização dos acessos. A maior preocupação dos prefeitos lindeiros da rodovia, representados pela Amvarp, está na necessidade de regularização e na garantia dos acessos às propriedades rurais na extensão da estrada. Estima-se que em todo o trajeto de pouco mais de 200 quilômetros, entre os municípios de Tabaí e Santa Maria, exista pelo menos 2.500 acessos a serem regularizados, grande parte deles pertencendo a produtores rurais, cujas propriedades já existiam antes mesmo da pavimentação da rodovia concedida.