
A Praça da Bandeira foi novamente ponto de encontro para a cultura, a criatividade e a solidariedade em Santa Cruz do Sul neste domingo, 13. No coração da cidade, a Feira de Artesanato e Economia Criativa reuniu cerca de 80 expositores, entre artesãos, artistas e pequenos empreendedores, que comercializaram seus produtos das 10h até o anoitecer. A iniciativa é promovida pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Muito mais que um espaço de comércio, as feiras têm se consolidado como uma vitrine da identidade santa-cruzense, fortalecendo a economia criativa e oferecendo oportunidades para quem vive da arte, da produção manual e do empreendedorismo local. Entre os destaques, estiveram itens como peças em madeira, decoração, gastronomia artesanal, vestuário, literatura e fotografias exclusivas, tudo com o toque original de quem cria com as próprias mãos e imprime nas obras a essência da região.
Para o secretário de Cultura e Economia Criativa, Douglas Albers, as feiras têm sido realizadas no município exercem papel central na valorização do trabalho autoral e no fortalecimento da economia alternativa. “São iniciativas assim que movimentam a cidade, geram renda, criam redes de apoio e fazem com que a população conheça e valorize quem produz aqui, com identidade e dedicação”, destaca.

Expositores que contam histórias
Do campo da fotografia artística ao artesanato tradicional, a feira abriu espaço para diferentes expressões da criatividade local. Um dos participantes foi o fotógrafo Leo Barreto, que reside em Santa Cruz desde 2023. Com experiência na área desde 2019, ele expôs fotografias autorais feitas na região, retratando paisagens, personagens e elementos da cultura local. “O intuito é retomar a vontade das pessoas de terem fotografia impressa em casa”, explica.
As molduras também são produzidas artesanalmente, na marcenaria da Ecovila Karaguatá, em Rio Pardinho, interior de Santa Cruz do Sul. Já as imagens são impressas por um estúdio localizado na Bahia, em papéis de alta durabilidade e diferentes texturas, conforme o sentimento que cada obra busca transmitir. Leo participa pela segunda vez de feiras — a primeira foi no mês passado, na Praça da Cultura, e tem criado cada vez mais apreço pela experiência.
Outro nome que já é referência nas feiras do Município é o de Delmira Hoffmann, de 75 anos, moradora de Linha Pinheiral. Com mais de duas décadas dedicadas ao artesanato, ela levou ao evento guirlandas, toalhas bordadas, panos de prato e até peças natalinas. “A feira foi boa. Sempre participo e vendo bastante. Sou conhecida principalmente pelas peças de Natal e Páscoa, que produzo com muita qualidade e carinho”, comentou. Delmira aceita encomendas pelos telefones (51) 3787-1174 e (51) 99644-7356.

Cultura, leitura e solidariedade
Além da comercialização de produtos, a feira também proporcionou ações sociais e culturais. A Biblioteca Pública Municipal Elisa Gil Borowski promoveu a troca de livros, incentivando o hábito da leitura e a circulação de obras. Quem passou pela praça pôde deixar um exemplar e levar outro para casa, incluindo títulos em bom estado do próprio acervo da biblioteca.
Outra iniciativa presente no evento foi o ponto de arrecadação de alimentos não-perecíveis, que serão destinados a famílias em situação de vulnerabilidade pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Inclusão. Música ambiente, gastronomia variada e a tradicional roda de chimarrão completaram o clima acolhedor da programação.