Na noite em que a Câmara de Vereadores homenageou, em sessão solene, a Comissão dos Festejos do Bicentenário da Imigração Alemã no Rio Grande do Sul e dos 175 anos da chegada dos imigrantes alemães a Santa Cruz do Sul, o vereador Alberto João Heck (PT) aprovou, na sessão ordinária desta segunda-feira, dia 15, duas deferências aos colonizadores em nosso Município. A primeira se trata de um projeto de lei que denomina quatro vias públicas do Loteamento Jacarandá, no Bairro Aliança, com o nome das primeiras imigrantes a chegarem a Santa Cruz do Sul: Charlotte Mandler, Johanna Wuttke, Johanna Hansel e Theresa Wuttke.
As denominações se referem a mulheres pioneiras da imigração alemã em Santa Cruz do Sul, que ainda não eram objeto de homenagens em nosso município na forma de ruas ou, até onde nos consta, quaisquer outras formas públicas de reverenciar e registrar a memórias de pessoas que foram fundamentais para a consolidação da comunidade santa-cruzense, justificou Heck. Então, é um ato de inclusão histórica, de reconhecimento ao trabalho e da enorme importância das mulheres nas colônias imigrantes instaladas em Santa Cruz do Sul no século XIX, continuou.
Partindo da Europa, e enfrentando todas as dificuldades da emigração, tais mulheres pioneiras foram aqui, concomitantemente, agricultoras, donas de casa, artesãs, educadoras, progenitoras, registrou o vereador petista, autor do projeto. Neste sentido, as Ruas V, VII, VIII e IX, no Loteamento Jacarandá, passam a denominar-se, respectivamente, Rua Charlotte Mandler, Rua Johanna Wuttke, Rua Johanna Hansel e Rua Theresa Wuttke, em homenagem a estas primeiras imigrantes que chegaram aqui.
Cemitério Evangélico se torna obra relevante
A outra distinção é uma moção de congratulações aos pastores Elio Scheffler e Regene Lamb, autores do livro “Primeiro Cemitério Evangélico Comunitário de Santa Cruz do Sul – História da imigração alemã e da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Alto Linha Santa Cruz”, com a participação de Claudio Kistenmacher, Rogério Harz e Rosane Niedersberg, entre outros colaboradores. Esta obra, uma iniciativa da Associação Cultural Juventude Evangélica de Alto Linha Santa Cruz (Jealisc), configura-se como um valioso projeto comunitário de relevância histórica, cultural, religiosa e social, não só para Alto Linha Santa Cruz e a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), mas também para todo o Município e região.
A obra, “Primeiro Cemitério Evangélico Comunitário de Santa Cruz do Sul”, foi lançada em abril deste ano, com 160 páginas. Ela apresenta fotografias das lápides do cemitério e a tradução para o português dos epitáfios escritos em alemão gótico, informou Alberto Heck. Além disso, por meio de registros da igreja, os autores conseguiram levantar informações sobre os motivos das mortes. Em 2024, o espaço completa 150 anos de existência, destacou.
Apoio e Solidariedade à jornalista Isadora Aires
A Câmara, também, aprovou, de autoria do vereador petista Alberto Heck, uma moção de apoio e solidariedade à jornalista santa-cruzense Isadora Aires, repórter do canal de televisão CNN Brasil, que foi hostilizada na manhã de domingo, dia 07, durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), evento que reuniu naquele final de semana lideranças do pensamento de extrema direita em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina.
Os relatos dão conta que a profissional Isadora Aires estava dentro do centro de convenções, em uma ala adjacente ao palco, se preparando para entrar ao vivo na programação, quando foi cercada por pessoas que participavam do evento e intimidada, explicou Heck. “Desta forma, reiteramos nossa solidariedade à repórter Isadora Aires por sua coragem e profissionalismo diante das hostilidades recebidas e que não esmoreça diante das dificuldades, pois acreditamos firmemente que o jornalismo feito com ética e seriedade prevalecerá sobre as fake news e os atos violentos de grupos extremados”, concluiu o vereador.
