Tá na Hora: Infraestrutura e resiliência climática são desafios na duplicação da RSC 287
A primeira edição do ano da reunião-almoço Tá na Hora abordou as obras de duplicação da rodovia RSC 287. O tema, de grande interesse para a região, foi apresentado pelo diretor-geral da Concessionária Rota de Santa Maria, Leandro Conterato, no tradicional evento empresarial promovido pela Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz, nesta terça-feira (11), no Hotel Águas Claras. A concessionária, do Grupo Sacyr, é responsável pelos serviços de operação, conservação, manutenção e obras de ampliação da rodovia RSC-287, do trecho entre Tabaí e Santa Maria. No encontro, Conterato trouxe um panorama geral sobre o andamento das obras de duplicação e os desafios de infraestrutura para aumentar a resiliência frente aos desastres climáticos.
Para uma plateia formada por autoridades, políticos e lideranças empresariais regionais, o diretor-geral da concessionária detalhou, na primeira arte de sua apresentação, as obras que já estão em andamento. Hoje, a Rota de Santa Maria trabalha em duas frentes: uma, na área urbana da Tabaí (do km28 até o km 30), e outra em Santa Cruz do Sul (do km 101 até o km 105) entre a avenida Melvin Jones e o trevo da BR 471. “O trecho, de aproximadamente 3 Km, não é muito extenso mas de grande complexidade urbana”, observou Conterato, referindo-se as obras iniciadas em Santa Cruz. No local, há uma frente de detonação de rochas, que vem acontecendo desde de novembro do ano passado, com agendamento, sempre comunicado previamente à comunidade. A previsão é de que essa obra seja concluída em agosto de 2025, incluindo marginais, passarela, dispositivos de retorno e interseções que irão melhorar significativamente o entroncamento com a BR-471. Em um vídeo foi apresentada uma simulação digital de como ficará a RSC 287 após a conclusão dos trabalhos.
Resiliência climática – As enchentes que ocorreram em maio de 2024 impactaram o cronograma original das obras de duplicação previsto no contrato de concessão. Duramente afetada pelo desastre climático, muitos trechos da rodovia foram totalmente destruídos, como a ponte sobre o Arroio Grande, em Santa Maria, obrigando a concessionária a desenvolver novos estudos e projetos que foram encaminhados à Secretaria da Reconstrução Gaúcha, do governo do Estado.
“Além das obras de reconstrução não previstas, teremos que investir também em infraestrutura para que resistam a novas possibilidades de eventos climáticos extremos”, pontou Conterato.
Demandas – Outro ponto abordado no encontro foram as demandas encaminhadas à concessionária pelas comunidades que serão impactadas pela duplicação da rodovia, pedindo alterações no projeto original. A proposta de mudança no traçado das curvas de Pinheral é uma delas, cujo projeto de viabilidade técnica, econômica e ambiental já foi encaminhado à Secretaria de Reconstrução do RS e aguarda avaliação. “Temos muitas outras demandas que envolvem desde a posição de passarelas à criação de dispositivos que permitam a acesso destas comunidades a rodovia, facilitando o trajeto”, destaca o diretor.
Em sua fala, na abertura do evento, o presidente da ACI, Ario Sabbi, reforçou importância de um trabalho de consenso com relação às demandas. “Através do diálogo e do bom senso, respeitando-se os contratos, é possível chegar a soluções que atendam as partes envolvidas, priorizando sempre o bem comum, o desenvolvimento econômico da região e, acima de tudo, a segurança e a vida dos que trafegam nesta rodovia”, frisou.
O Tá na Hora tem o patrocínio do Banrisul, BRDE, BAT, Gazeta Grupo de Comunicações, JTI, Philip Morris Brasil, Unimed, UNISC e Universal Leaf.
Sobre o palestrante:
Engenheiro Civil, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Leandro Conterato é gaúcho, natural de São Domingos do Sul, e acumula especializações em Infraestrutura, com importante atuação na área de Concessões de Infraestrutura, Desenvolvimento de Negócios e Gestão de Projetos.
Saiba mais:
A RSC-287, trecho de 204,5 quilômetros de extensão, entre Tabaí e Santa Maria, é uma rodovia estadual administrada pela concessionária Rota de Santa Maria (Grupo Sacyr). A concessão de 30 anos, iniciada em agosto de 2021, prevê a duplicação de todo o trecho, nos dois sentidos de tráfego, com investimentos que devem superar os R$ 3,6 bilhões, beneficiando mais de dez municípios.
