O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu para o dia 2 de setembro o início do julgamento da ação penal contra o núcleo considerado central da tentativa de golpe de Estado. A decisão foi anunciada pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, e envolve figuras de destaque do governo anterior, incluindo ex-ministros, militares da ativa e da reserva, além de aliados diretos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O processo é parte das investigações que apuram a organização e a execução de atos que visavam romper a ordem democrática no Brasil. Os acusados respondem por crimes como associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação às Forças Armadas para agir contra os poderes constituídos.
O calendário de sessões definido pelo STF prevê a análise das provas reunidas pela Procuradoria-Geral da República, que aponta a existência de uma estrutura organizada para sustentar a tentativa de golpe. A corte avaliará a participação de cada réu e a eventual aplicação de penas severas.
Esse julgamento é considerado um dos mais importantes da história recente do país, por envolver diretamente a responsabilização de autoridades que ocuparam cargos de relevância. O desfecho poderá representar um marco no enfrentamento a ataques contra a democracia brasileira.
