
Cerca de um milhão de famílias brasileiras serão desligadas do Programa Bolsa Família neste mês de julho, conforme informou o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. O motivo, segundo a pasta, é positivo: essas famílias conseguiram aumentar sua renda ao longo do período em que receberam o benefício. A modernização do Cadastro Único, realizada em março, permitiu maior agilidade na atualização das informações e na análise dos beneficiários.
Do total de desligamentos, 385 mil famílias superaram a renda de R$ 759 por pessoa, que equivale a meio salário mínimo — valor máximo permitido para permanência no programa. Outras 536 mil atingiram o limite de 24 meses na chamada Regra de Proteção, período em que recebem 50% do benefício mesmo com renda entre R$ 218 e meio salário mínimo por integrante.
Apesar do desligamento, essas famílias ainda contam com o mecanismo do Retorno Garantido, que permite o reingresso automático no programa caso voltem à condição de pobreza. O ministro Wellington Dias destacou que o Bolsa Família cumpre papel estratégico, não apenas como auxílio financeiro, mas também como ferramenta de apoio à geração de renda e manutenção de empregos.
Com a integração de dados de outras bases federais, como o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), as informações de renda agora são atualizadas automaticamente. A medida aumenta a eficiência do Bolsa Família e garante que o benefício seja direcionado a quem realmente necessita.