
Em meio aos debates sobre a situação financeira do município, os vereadores de Santa Cruz do Sul voltaram a discutir a construção da sede própria da Câmara de Vereadores. O tema foi tratado em uma reunião realizada antes da sessão ordinária desta segunda-feira, 23, convocada pela presidente da Casa, vereadora Nicole Weber Covatti (Podemos), com o objetivo de reforçar a importância do investimento na nova estrutura.
Atualmente, o Legislativo municipal paga R$ 59 mil mensais de aluguel, valor que ultrapassa R$ 700 mil por ano. A proposta é construir o novo prédio em terreno já pertencente à Câmara, localizado entre as ruas Marechal Deodoro e Sete de Setembro. Com isso, os vereadores acreditam que será possível reduzir custos a médio prazo e garantir melhores condições de trabalho para servidores, assessores e parlamentares.
Durante o encontro e também na tribuna, os vereadores Jair Eich (PP) e Licério Agnes (PSDB) defenderam a agilização do projeto. “Se pudermos começar neste ano ainda, melhor”, afirmou Licério Agnes, ressaltando que o gasto com aluguel representa uma despesa que poderia ser revertida em patrimônio público. Jair Eich, por sua vez, comparou a situação com a obra inacabada do Centro Administrativo Municipal. “Quanto o Município teria economizado se aquele prédio, iniciado ainda na gestão da prefeita Kelly Moraes, estivesse pronto?”, questionou.
A Presidente Nicole Weber Covatti, em entrevista à Rádio Gazeta, também destacou que a Câmara de Santa Cruz do Sul é a única entre as 18 maiores do Rio Grande do Sul, em cidades com mais de 100 mil habitantes, que ainda não possui sede própria. “O Poder Legislativo vai continuar existindo enquanto houver democracia. Então, seguir pagando aluguel é como jogar dinheiro fora, como se estivéssemos aqui de forma provisória”, afirmou Nicole Weber Covatti. Ela também acredita que o investimento na sede se pagaria em dois mandatos e meio.
A estrutura atual apresenta diversos problemas de infraestrutura, incluindo infiltrações e goteiras. Relatos feitos durante a reunião indicam que livros e documentos da biblioteca da Câmara correm risco de danos por conta das más condições do prédio. Diante disso, foi citado que o proprietário do imóvel se dispôs a consertar o telhado, mas exigiria que a Câmara desocupasse o espaço por pelo menos três meses, o que agravaria os custos, já que outro local teria que ser alugado provisoriamente.