PolíciaRio Grande do Sul

Pioneiro no país, núcleo criado no RS intensifica combate ao abuso sexual infantojuvenil

Nos últimos dois anos, o governo do Estado aplicou R$ 12 milhões em novas tecnologias para o Instituto-Geral de Perícias

Às 5 horas da manhã de sexta-feira (15/8), as forças de segurança do Rio Grande do Sul deflagraram mais uma operação contra crimes de abuso sexual infantojuvenil. A ação, conduzida pela Polícia Civil em conjunto com o Instituto-Geral de Perícias (IGP), ocorreu em um município da Região Metropolitana e resultou na apreensão de dispositivos eletrônicos, que serão submetidos a análises periciais. Somente na última semana, outras quatro operações semelhantes foram realizadas em diferentes cidades gaúchas, demonstrando o empenho do Estado em coibir esse tipo de prática criminosa e proteger as crianças e os adolescentes. A segurança é uma da áreas prioritárias do governador Eduardo Leite.

“Realizamos mais uma operação em conjunto com a Polícia Civil, numa parceria consolidada há anos no enfrentamento à pedofilia e ao abuso infantojuvenil. Esse combate é prioridade para as forças de segurança e para o governo do Estado como um todo”, destacou o coordenador do Núcleo de Combate à Pedofilia e ao Abuso Infantojuvenil (Nucope) do IGP, Marcelo Nadler. 

“Cumprimos mandado de busca e apreensão na residência de um suspeito de produzir e compartilhar material que caracteriza abuso sexual infantojuvenil. Os dispositivos apreendidos serão submetidos à perícia pelo IGP”, afirmou o diretor da Divisão Especial da Criança e do Adolescente da Polícia Civil (Deca), delegado Raul Vier. 

Núcleo pioneiro no Brasil

Criado em 2025, o Nucope, vinculado ao IGP, é pioneiro no país por reunir especialistas em três áreas distintas: informática forense, genética forense e perícias psíquicas. “A integração dessas áreas possibilita respostas mais rápidas e eficazes. O Nucope é um avanço estratégico, pois fortalece a capacidade técnica do Estado nesse tipo de investigação e amplia a proteção às crianças e adolescentes”, ressaltou Nadler.

A imagem mostra um laboratório de criminalística bem iluminado. Há uma bancada com uma pia de aço inoxidável em primeiro plano. Ao longo da parede com janelas amplas, há várias estações de trabalho com equipamentos de laboratório. Ao fundo, uma pessoa, vestindo um jaleco branco com a inscrição "PERÍCIA CRIMINAL", está de costas para a câmera, trabalhando em uma cabine de segurança biológica ou um equipamento similar. O chão é de cor clara, e o ambiente é organizado e limpo.
A perícia psíquica atua tanto no acolhimento das vítimas quanto na produção de elementos técnicos para reforçar os inquéritos – Foto: Mauro Nascimento/Secom

A concretização do núcleo é resultado dos investimentos expressivos realizados pelo governo do Estado na perícia criminal. Nos últimos dois anos, foram aplicados R$ 12 milhões em novas tecnologias para o IGP. Entre os equipamentos adquiridos, destaca-se um aparelho de última geração capaz de desbloquear até os celulares mais modernos e extrair informações essenciais para as apurações. 

As frentes de atuação do Nucope vão desde o levantamento de provas digitais, como mensagens e arquivos, até exames genéticos que podem identificar agressores. Já a perícia psíquica atua tanto no acolhimento das vítimas quanto na produção de elementos técnicos para reforçar os inquéritos.

“Recebemos equipamentos modernos e estamos preparados para rastrear as informações e contribuir para inquéritos robustos. Não há mais como o criminoso se esconder das forças de segurança do Estado”, frisou Nadler.

Ambiente digital 

Na esfera da Polícia Civil, a Deca criou recentemente o Núcleo de Operações Cibernéticas (Noc), especializado na apuração desse tipo de crime no ambiente digital. A unidade conta com policiais qualificados e ferramentas modernas para identificar criminosos que atuam virtualmente. “Tudo o que é praticado na internet deixa rastros, e o nosso papel é seguir esse caminho para que os autores desses delitos sejam responsabilizados”, comentou Vier. 

As investigações podem ser iniciadas a partir de registros de ocorrência, denúncias anônimas ou monitoramento contínuo do ambiente digital. O número para denúncias é o 181, também conhecido como Disque-Denúncia, um canal seguro disponibilizado à população. Em todas as ligações, são garantidos o sigilo e o anonimato do informante. 

Fonte
Secom RS

Artigos relacionados