
Um homem foi preso em Candelária nesta quinta-feira (19) sob a acusação de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão.
A operação de resgate, conduzida pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT), resultou na libertação de diversas vítimas que eram submetidas a condições de trabalho degradantes.

De acordo com as autoridades, os trabalhadores viviam em habitações extremamente precárias, sem acesso adequado a alimentação, água potável e saneamento básico.
Além disso, as vítimas eram impedidas de deixar a propriedade rural onde prestavam serviços, caracterizando um cerceamento de liberdade.
A denúncia partiu de familiares de uma das vítimas, que desconfiaram das condições de trabalho oferecidas pelo acusado e acionaram as autoridades.
Após investigação, uma equipe especializada foi enviada ao local, onde foi constatado o flagrante das irregularidades.
Condições de trabalho degradantes
Os trabalhadores resgatados relataram longas jornadas de trabalho extenuantes, sem qualquer tipo de descanso remunerado ou folga.
Além disso, eram obrigados a morar em estruturas improvisadas, sem cama ou condições mínimas de higiene.
Em muitos casos, os empregados recebiam salários ínfimos e não tinham qualquer tipo de contrato formal de trabalho.
O acusado foi detido em flagrante e encaminhado à delegacia regional, onde deverá responder por crimes previstos no Código Penal relacionados à prática de submeter pessoas à condição análoga à escravidão.
A pena para esse tipo de crime pode variar entre dois a oito anos de prisão, além de multas e outras sanções previstas em lei.
A polícia segue investigando se há outros envolvidos no caso, além de averiguar possíveis casos similares na região.
As vítimas resgatadas estão sendo assistidas pelas autoridades competentes e receberão acompanhamento psicológico e assistência social para garantir sua reintegração.