Entrou em vigor nesta quarta-feira (6) a nova tarifa de importação dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, assinada pelo presidente Donald Trump, impõe um acréscimo de 40% às mercadorias do Brasil, elevando a alíquota total para 50%. Apesar do impacto, itens como suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos, peças, fertilizantes e produtos energéticos estão isentos da nova taxação.
Segundo a Casa Branca, o tarifaço foi adotado como resposta a ações do governo brasileiro consideradas uma ameaça à segurança nacional e à política externa dos EUA. Trump acusou o Brasil de prejudicar empresas americanas, violar a liberdade de expressão e enfraquecer o Estado de Direito, em especial por meio de perseguições a opositores políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O governo dos EUA destacou ainda a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem atribui condutas como censura, intimidação e processos contra críticos do governo brasileiro. Empresas americanas que desrespeitaram ordens judiciais brasileiras teriam sido multadas, banidas das redes sociais e até mesmo alvo de congelamento de ativos.
A decisão gera tensão nas relações comerciais entre os dois países e preocupa setores da economia brasileira. Exportadores temem perda de competitividade no mercado norte-americano, enquanto analistas veem a medida como reflexo direto do clima político e judicial do Brasil, com potenciais efeitos negativos para a imagem internacional do país.
