Começaram a ser vendidos nesta segunda-feira (4) os medicamentos Olire e Lirux, as primeiras canetas injetáveis produzidas no Brasil para tratamento de obesidade e diabetes tipo 2. Desenvolvidos pela farmacêutica EMS, os produtos utilizam a liraglutida como princípio ativo — mesma substância presente nos importados Saxenda e Victoza — e prometem democratizar o acesso ao tratamento com preços até R$ 500 mais baixos que os similares estrangeiros.
O Olire, indicado para combate à obesidade, tem preços sugeridos a partir de R$ 307,26 (1 caneta) e até R$ 760,61 (kit com 3). Já o Lirux, voltado ao controle do diabetes tipo 2, custa R$ 507,07 na embalagem com duas canetas. Ambos estão disponíveis em redes como Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco nas regiões Sul e Sudeste, com previsão de expansão nacional até o fim do ano.
A liberação da produção nacional só foi possível após a queda da patente dos medicamentos dinamarqueses em 2024. Com a fabricação local, a EMS estima colocar até 500 mil unidades no mercado até agosto de 2026. Os medicamentos exigem prescrição médica e uso diário, além de acompanhamento profissional e adoção de hábitos saudáveis.
A EMS investiu mais de R$ 1 bilhão na produção dos fármacos e prevê, para os próximos anos, o lançamento de versões com semaglutida — princípio ativo do Ozempic — assim que a patente da fórmula expirar, em 2026.
