O presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, anunciou a primeira etapa do plano de reestruturação da empresa, que enfrenta uma grave crise financeira. O objetivo é reequilibrar as contas da estatal por meio de medidas emergenciais. O plano é dividido em três eixos principais: corte de despesas operacionais e administrativas, diversificação das fontes de receita com foco na geração de caixa e recuperação da liquidez da empresa para fortalecer sua competitividade no mercado.
Entre as ações previstas, está a implementação de um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV). A empresa fará um diagnóstico completo da força de trabalho, identificando os setores e regiões com baixo desempenho para redirecionar recursos e melhorar a eficiência. O foco será tornar a operação mais enxuta e eficiente, sem comprometer a qualidade dos serviços prestados.
A reestruturação foi anunciada em meio a resultados financeiros preocupantes. Os Correios acumularam um prejuízo líquido de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, com perdas de R$ 1,72 bilhão no primeiro trimestre e R$ 2,64 bilhões no segundo. Em 2024, a estatal já havia registrado déficit de R$ 2,6 bilhões, evidenciando a urgência da adoção de medidas para evitar um colapso financeiro.
