
A trajetória de Rodrigo Kaufmann e de sua irmã Roberta, fundadores da Biosolar Soluções Ambientais, mostra como a inovação pode nascer da prática profissional e se consolidar com resultados concretos. Criada em 2016, a empresa iniciou oferecendo consultoria e auditoria em meio ambiente e energias renováveis, atuando em áreas como licenciamento, Auditoria Ambientais em indústrias, hidrelétricas, portos, além de projetos e implantação de usinas solares fotovoltaicas.
O passo seguinte veio em 2021, quando a Biosolar submeteu um projeto no Edital Gaúcho de Inovação para a Indústria (EGI). A inovação, classificado em primeiro lugar na categoria de bioeconomia, resultou no desenvolvimento de um protótipo de tratamento biológico de efluentes industriais em parceria com o Senai. Da experiência, surgiu a Biogen, spin-off voltada à criação de soluções biotecnológicas, tendo como foco em seu primeiro projeto o tratamento de dejetos suínos e sustentabilidade rural.

Desde então, a dupla vem acumulando conquistas em editais como o Tecnova 3, da Fapergs, que garantiu recursos de subvenção econômica para a continuidade dos projetos. Além disso, a Biosolar tornou-se auditora credenciada em créditos de carbono junto à certificadora nacional Lux Carbon, atuando em projetos desenvolvidos em diferentes estados brasileiros.
Em paralelo, a empresa também busca ampliar sua atuação no mercado de Ativos Ambientais, realizando estudos e pesquisas para a valorização principalmente de pequenas propriedades rurais.
Rodrigo destaca que, além do ganho ambiental, há um forte viés econômico. “Quando o produtor rural percebe que é possível transformar passivos em ativos, ele entende que sustentabilidade também pode ser um negócio rentável. Estamos falando de novas fontes de receita, seja pela venda de créditos de carbono, seja pelo acesso a mercados que valorizam práticas responsáveis”, afirma.

Kaufmann participou da Expointer, em Esteio, onde apresentou no painel do governo do Estado o tema “Além do campo: a influência da inovação na sustentabilidade agrícola”. A presença reforça o protagonismo das startups locais no ecossistema de inovação gaúcho e evidencia o papel do Vale do Rio Pardo na construção de soluções sustentáveis para o futuro.
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