A Casa de Cultura de Vera Cruz será palco da exposição “Ímpares”, que estreia no dia 2 de outubro, às 19h, com uma vernissage aberta ao público. O projeto, que se estende até 17 de outubro, busca lançar um olhar sensível sobre a condição humana, trazendo para o centro da cena obras produzidas por artistas da região e por mulheres privadas de liberdade do Presídio Estadual Feminino de Rio Pardo. A visitação ocorre em dias específicos, com entrada gratuita.
A mostra reúne 16 obras físicas e um catálogo digital com 32 trabalhos, propondo uma reflexão sobre experiências singulares, fragilidades e resistências que atravessam o cotidiano. O conjunto evidencia tanto a força criativa de artistas de Santa Cruz do Sul e Vera Cruz quanto a expressão de mulheres em situação de cárcere, que transformam vivências marcadas pelo aprisionamento em gestos de liberdade e subjetividade.
Sob coordenação de Marli Silveira e curadoria de Juliane Mai, a exposição aposta na potência da arte como meio de conexão entre realidades distintas, permitindo que o público se aproxime de narrativas pessoais e coletivas. A iniciativa, além de valorizar a produção artística local, estimula a reflexão social ao dar visibilidade a grupos frequentemente marginalizados.
Participam do projeto nomes como Dulce Helfer, Eliana Baumhardt, Elusa Borowski Morsch, Gianne Vianna, Isabel Goldmeyer, José Arlei Cardoso, Juliane Mai, Magui Kampf, Márcia Marostega, Monique Arabites, Regina Schneider, Riele Kraether, Santelmo, Silvani Gassen Dal Forno, Traudi Meurer e Vanise Garlet. Também será exibido um vídeo-documentário vinculado ao Projeto Mulheres Privadas de Liberdade, ampliando a proposta de diálogo entre arte e sociedade.
Financiada pela Lei Aldir Blanc, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Vera Cruz, a mostra conta ainda com o apoio de empresas locais. A entrada é livre.