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Grêmio detalha ações em defesa da Arena e denuncia repasses irregulares da gestora

Em reunião realizada na noite desta terça-feira (10), na Tribuna do Conselho Deliberativo, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense apresentou um panorama detalhado sobre a situação da Arena do Grêmio e as ações que o clube vem adotando para proteger seus interesses e os de sua torcida. O encontro foi convocado pelo presidente Alberto Guerra e reuniu cerca de 150 pessoas, entre conselheiros, executivos e representantes da imprensa.

A apresentação foi conduzida por Alberto Guerra e pelo vice-presidente Eduardo Magrisso, com participação do presidente do Conselho Deliberativo, Alexandre Bugin, e do vice-presidente do Conselho, Roger Fischer. Durante a exposição, o clube abordou pontos sensíveis relacionados à administração da Arena, incluindo receitas e despesas, a dívida remanescente de 2013, alienação fiduciária, recuperação judicial da gestora, descumprimentos contratuais e tentativas frustradas de acordo.

Guerra destacou que desde o início da gestão o Grêmio tem adotado uma postura firme na defesa de seus direitos contratuais. Segundo ele, mais de 30 notificações judiciais e extrajudiciais foram emitidas contra a empresa gestora da Arena, principalmente por falhas que afetam diretamente a experiência dos torcedores, como valores elevados dos ingressos, problemas no gramado, infiltrações, falhas nos telões e filas no acesso ao estádio.

Um dos pontos centrais da apresentação foi a compra estratégica, por parte do Grêmio, de um terço da dívida da Arena. Com isso, o clube tornou-se credor e passou a compensar os R$ 2 milhões mensais que antes pagava à gestora, o que alterou significativamente a relação entre as partes.

Outro fato revelado que causou indignação entre os conselheiros foi a transferência de R$ 50 milhões da Arena para empresas coligadas no ano de 2023, sem anuência do Grêmio. Conforme contrato, os valores deveriam ter sido investidos na infraestrutura do estádio.

O vice-presidente Eduardo Magrisso criticou duramente a postura da gestora da Arena. “O Grêmio tem direitos que não estão sendo respeitados. A gestora se coloca como vítima, mas não realiza reuniões periódicas do Conselho de Administração, não fornece informações básicas e o tratamento dado aos sócios e torcedores não condiz com o que o Grêmio exige e representa”, afirmou.

Após a apresentação, os conselheiros puderam fazer perguntas e esclarecer dúvidas. Ao final, a direção reiterou seu compromisso com a transparência, a responsabilidade institucional e, sobretudo, com a torcida gremista.

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