
Os dirigentes de vários clubes da Série A solicitaram à CBF que suspenda a aprovação de novos gramados sintéticos até a conclusão de um estudo mais aprofundado sobre o tema. A maioria dos clubes se mostra contrária ao uso desse tipo de piso e defende que os atletas sejam consultados, reforçando manifestações recentes de jogadores como Neymar, Thiago Silva e Gabigol, que se posicionaram contra o gramado artificial. Em contraponto, cinco clubes defenderam seus campos sintéticos, argumentando que oferecem desempenho superior aos gramados naturais em más condições.
A CBF informou que o assunto voltará à pauta entre fevereiro e março, sem expectativa de que algum clube solicite alterações em seus estádios antes disso. Esta não é a primeira vez que a entidade promete analisar o tema: um estudo anterior sobre lesões em diferentes tipos de campo não apontou diferenças relevantes, mas agora a confederação também deseja avaliar aspectos técnicos, como ritmo de jogo e possíveis vantagens competitivas.
A entidade entende que temas complexos exigem debates mais amplos e bem fundamentados, com participação ativa dos clubes. Por isso, planeja criar um modelo de governança que estabeleça critérios mais robustos para futuras decisões, como quórum qualificado ou prazos mínimos para reavaliação de questões relevantes.






